Numa época em que firmas de alta costura e marcas de perfumes trabalhavam para a alta sociedade e se fixavam no classicismo, Jean Paul Gaultier optou pela originalidade, apresentando roupas e perfumes inspirados na modernidade e voltados para os ídolos do cinema e da televisão, de Madonna aos protagonistas dos filmes de Almodóvar.
Jean Paul Gaultier é considerado (e se considera) o enfant terrible do mundo da moda. Sem formação na área, sua chegada às passarelas foi uma verdadeira revolução estética, e sua entrada no mundo da perfumaria também foi inovadora. Ele considerou que "o perfume é como uma peça de roupa que se põe diretamente na pele", e sempre abordou a criação de fragrâncias com a mesma filosofia que focava em suas criações do pronto-a-vestir: que algo é para ser usado, não significa isso. tem que ser chato ou convencional.
Fiel aos seus princípios estéticos, as fragrâncias de Jean Paul Gaultier são ousadas e sensuais, e sua aparência externa é uma declaração de intenção. Suas duas linhas de perfumes originais são apresentadas em seus agora icônicos frascos em formato de busto: masculinos com camisa de marinheiro para perfumes masculinos e femininos com espartilho para perfumes femininos.
Para Gaultier, a sensualidade feminina é representada pelo espartilho, única peça marcadamente feminina do guarda-roupa da empresa, e a estilista usa-o como imagem para os seus perfumes femininos, dando aos seus frascos o formato de uma silhueta feminina espartilhada. Pura feminilidade e sensualidade que acompanham a marca desde suas primeiras criações, com aromas florais e orientais, muito doces.
Nas últimas décadas foram lançados graças à colaboração de diferentes marcas de perfumes com os perfumes femininos de Jean Paul Gaultier que visam quebrar as regras. A última dessas colaborações foi estabelecida com Puig, uma empresa com a qual o designer lançou sua linha Scandal. Essa linha oferece as fragrâncias mais inovadoras e ousadas, até mesmo em suas embalagens. Uma nova reviravolta na carnalidade e sensualidade que envolve todas as criações da empresa, pela qual o torso com espartilho é substituído pelas pernas.
No entanto, foi só com a chegada de Le Mâle, o seu primeiro perfume para homem, que J.P. Gaultier conquistou popularidade absoluta.
Os perfumes masculinos Jean Paul Gaultier são pensados para homens elegantes e masculinos, mas com sensibilidade e sem medo de quebrar as regras. Para um homem capaz de ser ele mesmo, com personalidade, disposto a redefinir o dia a dia. Não em vão é a marca que transformou a camiseta listrada de marinheiro com listras brancas e azuis em um ícone da moda. O marinheiro representa o homem livre, forte e masculino, sedutor e aventureiro, e esse é o espírito dos perfumes masculinos da firma.
A empresa foi capaz de se adaptar aos tempos, reinventando seus perfumes icônicos repetidamente para torná-los acessíveis a um público mais amplo. Suas primeiras criações foram reinterpretadas em múltiplas ocasiões, com versões mais intensas, mais leves, em eau de toilette ... Portanto, existem verdadeiros colecionadores de J.P. Gaultier que aguarda ansiosamente cada um dos lançamentos da marca. Seja um novo flanker das linhas Classique, Le Mâle ou Scandal ou uma das edições limitadas que a casa lança regularmente, as criações do designer são altamente desejadas.
Embora a personalidade subversiva de Gaultier seja muito marcada em seus perfumes, estes são projetados por grandes nomes da perfumaria como Francis Kurkdjan (o nariz por trás do fenômeno Le Mâle), Jacques Cavallier, Annick Menardo ou Oliver Cresp.
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